Durante uma prolongada intervenção, o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, apelou à comunidade internacional para agir "para evitar possíveis novos genocídios".
Para tanto, há a necessidade do envolvimento "direto dos Estados na região" em soluções negociadas e "uma atenção especial às fontes" que apoiam as atividades de grupos extremistas do EI "através de um apoio político mais ou menos claro, do comércio ilegal de petróleo, armas e tecnologia".
"A comunidade internacional não deve fechar os olhos para o tráfico de armas", insistiu.
"É lícito parar o agressor injusto, mas em respeito ao direito internacional", reiterou o número dois do Vaticano, acrescentando que a resposta não poderia ser "apenas militar", mas também deve abordar as causas profundas "exploradas pela ideologia fundamentalista".
A Santa Sé espera que o papel do Irã "na resolução da crise na Síria e no Iraque" seja reconhecido, ressaltou o cardeal italiano.
Em contrapartida, Parolin se mostrou prudente quanto ao dilema dos cristãos orientais, divididos entre ficar ou emigrar, destacando em primeiro lugar a liberdade de escolha quando alguns patriarcas querem combater o êxodo atual.
"Este é um problema delicado. Se quiserem que os cristãos permaneçam na região, devem encontrar condições adequadas de vida, segurança e trabalho futuro", disse ele.
(Julio Nobre, OFS)