Sábado, 31 Outubro 2020 19:59

Ordem Franciscana Secular: um laicato maduro numa Igreja em saída

  • Os franciscanos seculares constituem uma fraternidade cristã, uma comunidade de base em estado de crescimento. Sempre em busca, mais de olho no presente-amanhã do que no passado. Busca: leituras, participação em cursos densos, sérios e não manipuladores, dias de retiro, revisões de vida. Sempre buscando estar em sintonia com o Senhor.  Inventando meios para não largar a mão do Senhor no jeitinho de Francisco.

 

  • São leigos que irradiam alegria de viver com outras pessoas, a começar pelos irmãos da fraternidade que respeitam e estimam a partir do coração. Principalmente os mais frágeis em todos os sentidos. Repito: os de dentro e os de fora.

 

  • São leigos. Não fazem parte do clero nem da vida consagrada. Batizados. Filhos adotivos.  Receptáculo do Espírito Santo. Em seus membros circula a vida do Ressuscitado.  Entendem-se como luz do mundo, sal da terra e fermento na massa. Místicos, apaixonados pelo Senhor, irremediavelmente presos ao Senhor, mas nas tarefas do mundo. Representantes do amor do Senhor nas delicadas e complexas engrenagens do mundo.

 

  • O quadro de sua vida: família, profissão, defesa da justiça a começar no dia a dia em casa, tornar o ser humano na verdade humano, onde notarem que ele abdica de sua humanidade.

 

  • Procurar os caídos à beira da estrada: dentro e fora. Na própria fraternidade e fora da fraternidade. Cuidado com o lero-lero de falas sobre fraternidade. Pessoas boas: “quando derdes um copo de água fria, foi a mim que me deste...”.

 

  • Leigos e leigas que vão formando sua personalidade com os traços de Francisco:   simplicidade, esclarecimentos em fraternidade e fora, com carinho, respeito pelo criado, lavando os pés dos outros, pessoas sempre com desejo de frequentar o eremitério do próprio coração. Seres de profunda interioridade.

 

  • Leigos devotados que prestam sua colaboração nas paróquias com seu jeito franciscano:  competentes, gente de hoje, pastoral de hoje e não espírito de gélida conservação. Não “empregados” de uma instituição, mas pessoas que abrem o caminho para um mundo novo, fascinados pelo Evangelho. Leigos, portanto, que não suspiram pelo ministério do altar.

 

  • Homens e mulheres que amadurecem na superação dos obstáculos e numa árdua tentativa de diálogo com o duro momento em que vivemos, tempo de uma imensa superficialidade humana e cristã. Tenta recuperar os males evangelizados e catequizados.  Sabem o que significa carregar a cruz.

 

  • Franciscano seculares vivendo a fé na pandemia e depois da pandemia.



Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM

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