Em Minas Gerais a animadora fraterna Zélia tem procurado participar intensamente das atividades propostas pela Jufra e neste espaço destaca com suas palavras seu testemunho de franciscana secular junto à juventude.
“É uma grande alegria a oportunidade de servir”
Sempre vi com muita clareza a importância da participação da juventude na família, na sociedade e na Igreja. Não poderia ser de outra forma, já que minha história está mais ligada a esta participação. Comecei minha militância na Igreja e na sociedade em 1961 na Juventude Estudantil Católica (um dos ramos da Ação Católica). Durante quatro anos vivi e busquei dar testemunho do evangelho engajado na vida e nas lutas que aconteciam naquele momento histórico. Época do Concílio Ecumênico Vaticano II, transformações bonitas na Igreja. No Brasil, grandes discussões políticas, propostas de reforma agrária, universitária, urbana e várias outras... Com o golpe civil-militar de 1964 a Ação Católica foi perseguida e praticamente dissolvida. Em 1965 entrei para o Curso de sociologia, na UFMG e lá passei a militar na Ação Popular (AP), um desdobramento da Ação Católica. No movimento estudantil, lutamos contra a ditadura e pelos Direitos Humanos. Professei na OFS – Fraternidade São Lucas de Belo Horizonte no ano de 1998.
Com esta pequena introdução já fica evidente minha percepção sobre a importância que atribuo à atuação/ testemunho da Juventude Franciscana hoje. Como sempre, este papel de construir o novo exige a participação das juventudes! No caso da Jufra, é revelador o cuidado que vejo com a formação cristã, franciscana, sócio-político-ambiental e humana.
O momento que atravessa o país, tempos sombrios, autoritarismo e exclusão, disseminação do ódio nas diferentes mídias, está a EXIGIR de nós, cristãos/ franciscanos, um testemunho muito efetivo e concreto. Este testemunho deve expressar sempre a força e a beleza do nosso carisma. Assim como a coerência, a compreensão efetiva da realidade na sociedade, sempre de forma integrada e dinâmica. Evitando o “achismo” aprimorando cada vez mais uma visão humanística de si mesmo, da fraternidade e da vida. Creio que a Jufra tem caminhado nesse sentido, com sua formação permanente, com suas Jornadas pelos Direitos Humanos, com suas Campanhas e atividades.
Atuação na animação fraterna regional:
Aqui em Minas Gerais, temos um grupo muito bom de animadores fraternos que são presentes e interessados no caminhar junto com nossa querida Jufra. Mantemos contatos permanentes através de mensagens em rede social (também num papel de formação e informação) e às vezes por telefone. As diferentes ações são comunicadas através de textos e fotos evidenciando as relações de troca e apoio mútuo JUFRA/OFS. Isso é muito bonito! A Cartilha do Animador Fraterno possibilitou um conhecimento maior sobre as relações fraternas. Várias vezes sugeri que todas as fraternidades buscassem conhecer a cartilha, fazendo o possível para criação de novas fraternidades de Jufra. Tenham certeza: Os jovens precisam da JUFRA!
A Igreja precisa da JUFRA! A sociedade precisa urgentemente da JUFRA!
Abraço fraterno,
Zelia Castilho,
Animadora Fraterna Regional – Sudeste I/ MG