Texto de: Marúcia Conde, OFS
A PERFEIÇÃO DA CARIDADE
A ela somos impulsionados pelo Espírito Santo
01 - ORAÇÃO INICIAL:
“Senhora santa caridade, o Senhor te salve com tua irmã, a santa obediência.” (SdVi-São Francisco de Assis)
Senhor, tu és a Caridade, tu és o Amor.
Na Caridade que é tua natureza, se manifestou a verdadeira e perfeita obediência. Assim, obedecendo amorosamente a vontade do Pai, derramaste sobre nós a graça da redenção.
Na Caridade que é a essência de teu coração, desejaste ardentemente estar sempre conosco.
Na Caridade que te levou a descer do seio do Pai e a te encarnar pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria e a assumir nossa natureza humana, nos revelaste o rosto do Pai.
Na Caridade que esplende e se derrama da Trindade Santíssima, nos chamaste a viver na imitação de teus passos, conforme teu amigo Francisco de Assis.
Concede-nos, Senhor, buscar sempre a perfeição da caridade em nosso estado secular; a realizar em nossa vida o que prometemos em nossa Profissão: “viver o Evangelho à maneira de São Francisco e mediante nossa Regra confirmada pela Igreja”.
02 - CANTO: Grandeza de Deus
Ref: Tu és o nosso Deus, Grandeza, Paz e Amor.
Tu és os nosso Deus, Verdade, Rei, Senhor
1 – Tu és o Deus grande e forte, tu és o Altíssimo, nosso Rei
2 – Tu és a Sabedoria, a Justiça e a Paz, tu és nossa Fé.
3 – Tu és Esperança, Amor, tu és Humildade e Mansidão.
4 – Tu és Alegria e Vida, tu és Beleza e todo o Bem.
5 – Tu és Segurança e Alívio, tu és Doçura e Proteção.
03 - TEMA: A PERFEIÇÃO DA CARIDADE (Art. 2 da Regra da OFS)
No texto inicial, já disponibilizado no site da OFS e enviado para os Regionais, referimo-nos a um passo a passo, ou seja, um movimento contínuo envolvido pela força motora do desejo, que canaliza as energias em uma determinada direção. A direção, a nossa meta, é o beber da fonte geradora de vida cristã-franciscana → Regra da OFS.
Neste segundo Artigo da nossa Regra, encontramos a afirmação: “No seio da dita família (Família Franciscana), ocupa posição específica (exclusiva, especial, única) a OFS. Para melhor sentirmos o que é ser posição específica, podemos nos valer do que diz o Artigo do Frei Almir Guimarães, “OFS – por quê? Para quê?” . Diz Frei Almir: “que os franciscanos seculares respondem a um apelo e que são acolhidos no seio de uma família, de uma Mãe, de uma Ordem”. Ora, não é um apelo qualquer. É um chamado único: seguir Cristo, na nossa condição de seculares, abraçados pela ternura e vigor e rigor de Francisco, no seio da família dos irmãos e irmãs que recebeu das mãos do Senhor.
Diz Celano em seu primeiro livro, que “começaram a vir a São Francisco, muitas pessoas do povo, nobres e plebeus, clérigos e leigos, querendo, por inspiração divina colocar-se sob sua disciplina e ensinamento”. Ainda hoje, muitos, desejosos de um sentido verdadeiro para sua vida, aproximam-se do ideal de Francisco e na Igreja de Cristo brotam renovos que esparzem o perfume e a beleza da busca da santidade, da perfeição da caridade, o desejo da perfeição de Cristo.
Mas, o que é essa busca da perfeição da caridade? O que a caracteriza? Observemos Francisco, o pobrezinho, o poverello. Em seu apaixonamento por Cristo, vai aos poucos desvendando, pela bondade do Senhor, mistérios que a outros permaneceram ocultos. A grandeza, a majestade, o poder, a glória, a soberania de Deus, ele cantava. Mas encantava-se com a humildade e a pobreza do Deus Menino e de sua Mãe Santíssima, maravilhava-se com a obediência de Jesus, o Servo Sofredor, ficava estupefato com a paciência e a mansidão do Cordeiro, exultava com Jesus Eucarístico. A intimidade e o entendimento que em sua alma ia sendo criado pelo diálogo e principalmente pela escuta do Verbo de Deus, transformou Francisco, todo ele, na chama de um desejo: “fazer somente o que reconhecer ser a vontade do Senhor, querer somente o que lhe agrada” (CO,50), “desejar antes que tudo, o espírito do Senhor e seu santo modo de operar” (RNB,9).
O esquema da caminhada de Francisco, que ele não traçou, mas entreviu no olhar do Crucificado, no Evangelho escutado, e nas ruínas humanas do leproso, deu o sentido verdadeiro e a direção certa para dar corpo à sua aventura: − seguir o Cristo pobre e crucificado, na busca da perfeição da caridade. Não foi em vão a aventura de Francisco. Muitos o seguiram, também desejosos de, como ele, buscar essa perfeição.
Nosso Papa Francisco, em sua Carta Encíclica Lumen Fidei, 28, diz “O coração .... é o lugar onde nos abrimos à verdade e ao amor, deixando que nos toquem e transformem profundamente. A fé transforma a pessoa inteira, precisamente na medida em que ela se abre ao amor”. Onde e em quem depositamos nossa fé? Temos um coração aberto à verdade e ao amor?
Não basta acreditar e guardar para nós. É preciso ir ao encontro do irmão e irmã, acolher, estar com ele(a), escutar, sentir, sofrer junto, fazer justiça, ou seja, fazer o bem; não aquele que é consequência de tê-lo(la) como “coitadinho”, mas como aquele(a) que, sendo filho(a) de Deus, tem o direito receber a atenção fraterna e a dignidade do cidadão (trabalho, comida, escola, saúde, família, religião) e ser feliz. Quem assim faz, está em busca da perfeição da caridade, pois a perfeição do amor é a amizade com Deus e a relação fraternal com todas as criaturas.
04 - AÇÃO CONCRETA:
A Fraternidade, isoladamente ou junto com outra(s) próxima(s), pode programar, dentro de sua realidade, uma atividade, não caritativa, paternalista, mas verdadeiramente fraterna.
05 – PARA ENRIQUECIMENTO DO ESTUDO:
Sagradas Escrituras
· Rm 12,9-21
· 1Cor 13,1-7
· Ef 4,29-32
· Col 3,12-14
Fontes Franciscanas
· Carta a Frei leão
· Carta a toda a Ordem 5-10
· Legenda Maior de São Boaventura 8,5
06 – ORAÇÃO FINAL:
· Pai Nosso
· Bênção de São Francisco