A vida é uma viagem, longa ou breve. Sempre uma viagem. Caminhamos com tantos. De repente eles largam nossas mãos e ficamos cheios de saudades... E de esperança.
Senhor,
tenho saudades daqueles que tanto amei,
daqueles que já se foram.
Nesta hora venho te pedir por eles:
que possam ver a claridade de teu semblante!
Trago-os no íntimo de mim mesmo.
Guardo na lembrança
seus gestos desinteressados,
os cuidados que tiveram comigo,
as palavras que me dirigiram
e que ressoam ainda em meu interior,
no templo íntimo de minha saudade.
Tinha a impressão que eles iriam ficar,
que permaneceriam perto de mim
para sempre, na comunhão alegre,
por vezes tempestuosa, que vivemos.
Hoje seus defeitos e suas falhas
me parecem tão insignificantes
diante do tanto que fizeram.
E que falta me fazem!
Caminhando por onde andaram,
sinto ainda sua presença.
Deixaram vestígios presentes em minha história.
Encontro-me muitas vezes com suas lembranças
nas salas e quartos onde vivemos,
pelos caminhos dos parques que juntos percorremos,
nos livros que juntos apreciamos,
nas decisões que juntos tomamos.
Trago todas elas na patena invisível que tenho em minhas mãos
e ofereço-as ao teu amor misericordioso.
Teu Filho Jesus passou da morte para a vida,
morreu para viver e para dar a vida
a todos que fossem dele.
Recebe, Senhor, o bem que meus amigos fizeram!
Recolhe na palma de tua mão,
a história de todos eles.
Que hoje na cidade eterna, na comunhão contigo,
eles possam ser nossos intercessores e nossos advogados.
Arrefece, Senhor, a saudade que tenho ainda
daqueles que partiram.
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