Santa Rosa de Viterbo, a padroeira da Jufra, tem sua festa litúrgica no dia 06 de março (Dia Nacional da Jufra), o dia de sua morte, mas também pode ser comemorada no dia 04 de setembro, dia do seu translado para o mosteiro de Clarissas de Santa Rosa de Viterbo.
Contam-se muitas histórias sobre Santa Rosa de Viterbo, cuja biografia é repleta de milagres; no entanto, pouco se sabe de oficial. Entre as histórias mais conhecidas está o milagre de aos 3 anos de idade ressuscitar sua tia materna. No lugar das brincadeiras próprias da idade, Rosa passava seu tempo em oração diante das imagens de santos, especialmente de Nossa Senhora, falando de Deus, sempre descalça e com os cabelos despenteados. Aos 7 anos já vivia como reclusa e fazia penitência, a qual amava profundamente. Nesta época adoeceu gravemente e foi miraculosamente curada, após uma visão da Virgem Maria, que lhe pedira para visitar 3 igrejas e pedir sua admissão na Ordem da Penitência de São Francisco - hoje chamada de Ordem Franciscana Secular. Assim feito, Rosa percorreu esse caminho, com a superiora da Ordem, já convidando todos que encontrava a se penitenciarem com ela. Conta-se que muitos a acompanharam, convertendo-se a Deus. No ano de 1247, com o imperador Frederico II, a cidade de Viterbo estava nas mãos de hereges, quando em oração Rosa teve uma visão do crucificado e seu coração ardeu em chamas. Rosa não se conteve, saiu pelas ruas para pregar com um crucifixo nas mãos. A notícia correu toda cidade e vários hereges se converteram.
Devido a sua pregação diária, Rosa representava uma ameaça para as autoridades da cidade, sendo então exilada em 1250 pelo prefeito. Rosa e seus pais foram morar em Soriano onde sua fama já havia chegado. Nessa cidade, pregava o Evangelho a todos nas praças. Profetizou a morte do imperador Frederico II e sua volta do exílio, o que ocorreu.
Ela desejava entrar para o Monastério de Santa Maria das Rosas (Clarissas Pobres), mas foi recusada. Faleceu em 6 de março de 1252 de causas naturais. Em 1457 o Papa Alexandre IV ordenou que ela fosse enterrada no Convento que a recusara. Sua festa em Viterbo é celebrada também no dia 4 de setembro quando o seu corpo (ainda incorrupto) foi carregado em procissão festiva para Viterbo.
Curiosamente, a canonização de Rosa nunca foi oficializada. Mas também nunca foi negada pelo Papa e pela Igreja. Podemos dizer que ela, desde o momento de sua morte, foi canonizada pelo povo. É padroeira das pessoas exiladas, pessoas rejeitadas pelas ordens religiosas, e da cidade de Viterbo, Itália.
Em setembro de 1929, o Papa Pio XI, declarou Santa Rosa de Viterbo a padroeira da Juventude Feminina da Ação Católica Italiana. Desde o início da história da Jufra do Brasil, escolheu-se Santa Rosa de Viterbo como sua padroeira.
Então neste dia em que também é lembrada nossa padroeira, que seu exemplo possa inflamar em nós aquela chama que lhe fez arder o coração, tornando-nos a cada dia apóstolos de Cristo, anunciadores destemidos do Evangelho, convidando com palavras e exemplos todos que encontrarmos à conversão a Deus. Vale também resgatarmos uma paixão de nossa padroeira que hoje é mal compreendida e rejeitada: a penitência, como meio de aprofundamento da fé, reparação pelas ofensas a Nosso Senhor e desapego às comodidades em que somos imersos diariamente.