Por Frei Almir Guimarães, OFM.
· Nossas Fraternidades Franciscanas Seculares são animadas por um Conselho do qual faz parte um Assistente Espiritual, religioso de um dos ramos da Ordem I ou da TOR. Não se trata de uma figura decorativa e que tem apenas a missão de “dirigir” rezas. Ele assegura a ligação das Fraternidades Seculares com o carisma. Não é dono da fraternidade, nem diretor, mas um irmão que educa, forma e acompanha.
· Os que são nomeados Assistentes precisam acreditar no carisma franciscano vivido no mundo. Não podem pensar que ali se inserindo são como que capelães ou diretores. Precisam “vestir” a camisa e saber que estão colaborando com a Igreja em sua ação missionária.
· Precisam acreditar na criação e fomento de um sólido laicato cristão marcado por pessoas que vivam no mundo, na família, no trabalho, na política o ideal evangélico vivido e difundido por Francisco. Não permitirão que as Fraternidades se refugiem nas sacristias e se comprazam apenas em serviços litúrgicos.
· O Assistente será colaborador na formação de uma elite que deseja buscar a santidade e ser fermento no mundo. Insisto no termo elite. Não se trata de elite de poder, mas elite de discípulos do Sermão da Montanha. Ajudará a equipe de formação que, em muitas fraternidades, carece de pessoas bem preparadas, sem ser seu dono.
· Cuidará que os irmãos e irmãs se aprofundem na oração, que cresçam na intimidade com Deus de tal forma que possam chegar a altos graus de oração contemplativa e mística, que vivam de verdade os sacramentos, que sejam eles mesmos oração. Haverá de lutar para que os seculares fujam de toda rotina, mesmice e mediocridade.
· Suas intervenções nas reuniões gerais são indispensáveis. É um acompanhador de vidas trabalhadas por Deus.
· Faz-se presente nas reuniões do Conselho com sua sabedoria e discernimento.
· Nunca falta à reunião geral e sua presença é a de um irmão mais velho que caminha junto e inspira confiança.
· Importante que possa dar um parecer sólido a respeito dos irmãos que pedem a profissão. Convém que ele tenham diálogos com cada irmão pessoalmente ao longo da iniciação e formação.
· O Assistente fará de sorte que as celebrações litúrgicas sejam realizadas com esmero, verdade e conforme o espírito da santa liturgia.
· O Assistente é um irmão mais velho e não apenas um “companheirinho” do grupo ou um ancião que mais se assemelharia a um cansado vovô. Mesmo com idade é pessoa cheia do fogo do Evangelho.