Santa Clara de Assis
Leituras próprias franciscanas
Oséias 2, 16-17b,21-22; 2Coríntios 4,6-10.16-18; João 15,4-10
(Inspirado em Les mains de Claire, de Irmã Marie-France Becker, Clarissa)
Clara, irmã Clara,
menina ainda, estendias as mãos para os pobres. Imitavas a solicitude de Deus que gostavas de chamar de “Pai das misericórdias”. Tuas mãos abertas recolhiam as graças de Deus para depois derramá-las sobre as pessoas mais sofredoras da terra. De tuas mãos sempre correu o bálsamo que reconforta, cura e consola.
Com tuas mãos, em toda simplicidade, realizavas tarefas simples e humildes. Tuas mãos limpavam as cadeiras das irmãs doentes. Preparavam o recipiente que era entregue aos frades esmoleres que iam buscar óleo na cidade. Tuas mãos lavavam os pés das irmãs que serviram fora do mosteiro. Esperando a volta delas perfumavas a água com plantas odoríferas. Tuas mãos aliviavam o cansaço das irmãs que chegavam exaustas.
Durante a noite, tuas mãos cobriam as irmãs que corriam o risco de se resfriarem. Com suavidade e delicadeza elas tocavam o corpo das irmãs para que se levantassem para participar do ofício.
Vejo-a nos dias de tua vida trabalhando com as mãos em finos tecidos, fazendo toalhas para as igrejinhas abandonadas. Vejo-as preparando sanguíneos e corporais para que Santíssimo Sacramento fosse honrado da melhor maneira possível.
Tuas mãos traçam a cruz na fronte de Irmã Amada que estava doente. Com tuas mãos tomas o cibório com o Corpo do Senhor e afugentas os sarracenos que querem invadir a casa. Vejo tuas mãos escrevendo textos e cartas, texto da Regra e cartas para Inês de Praga. Tuas mãos se abrem para receber a Regra aprovada pela Igreja.
Benditas as tuas mãos, Irmã Clara.
Frei Almir Ribeiro Guimarães