Segunda, 02 Outubro 2023 23:20

04 OUTUBRO: SERÁFICO PAI FRANCISCO DE ASSIS

São tantos aspectos à serem celebrados, sobretudo, nesses anos de centenários: Greccio, os estigmas, o canto do Irmão Sol, a Páscoa de Nosso Pai.
Nesse ano de 2023, no qual celebramos Greccio, peçamos a graça de escutar os sinais da presença do Cristo, primeiro na nossa vida interior - unidos à Ele - o exercício da união ao Cristo era uma constancia na vida do nosso Pai Seráfico.
Tão unido ao Cristo, à ponto de ser transpassado pelo Amor - estigmatizado - marcado, conformado.
Ele é um estigmatizado que canta - apesar da cegueira, ele canta, apesar da divisão, da incompreensão dos frades. É nesse contexto que surge na sua bela alma o Canto do Irmão Sol - é o seu Magnificat - sua grande Ação de Graças pela vida.
Ele acolhe a realidade, a vida como um dom de Deus.
Ele vai ter a mesma atitude do Apóstolo São Paulo: acolher a vida em todos os seus aspectos como graça - Tudo é graça.
Reza por nós, teus filhos, Pai Seráfico - nesses dias nos quais a vida é ameaçada no nosso país.
E que nós tenhamos a graça de ser cada vez mais instrumentos de Vida, da Alegria e da Paz.

Frei Francisco Alberto Bindá Libório, TOR
Assistente Espiritual Nacional OFS/JUFRA

 

São Francisco de Assis nasceu em Assis, Itália, em 1182. Era filho de Pedro Bernardone, um rico comerciante, e Pia, de família nobre da Provença. Na juventude, Francisco era muito rico e esbanjava dinheiro com ostentações. Porém, os negócios de seu pai não lhe despertaram interesse, muito menos os estudos.
Na juventude de Francisco, por volta de seus vinte anos, uma guerra começou entre as cidades italianas chamadas Perugia e Assis. Ele queria combater em Espoleto, entre Assis e Roma, mas caiu enfermo. Durante a doença, Francisco ouviu uma voz sobrenatural. Esta lhe pedia para ele "servir ao amor e ao Servo". Pouco a pouco, com muita oração, Francisco sentiu em seu coração a necessidade de vender seus bens e “comprar a pérola preciosa” sobre a qual ele lera no Evangelho.
Certa vez, ao encontrar um leproso, apesar da repulsa natural, venceu sua vontade e beijou o doente. Foi um gesto movido pelo Espírito Santo. A partir desse momento, ele passou a fazer visitas e a servir aos doentes que sem encontravam nos hospitais. Aos pobres, presenteava com suas próprias roupas e também com o dinheiro que tivesse no momento.
Num dia simples, mas muito especial, num momento em que Francisco rezava sozinho na Igreja de São Damião, em Assis, ele sentiu que o crucifixo falava com ele, repetindo por três vezes a frase que ficou famosa: "Francisco, repara minha casa, pois olhas que está em ruínas". O santo vendeu tudo o que tinha e levou o dinheiro ao padre da Igreja de São Damião, e pediu permissão para viver com ele. Francisco tinha vinte e cinco anos. Para reparar a Igreja de São Damião, Francisco pedia esmola em Assis. Terminado esse trabalho, começou reformar a Igreja de São Pedro. Depois, ele retirou-se para morar numa capela com o nome de Porciúncula.
Francisco começou a anunciar a verdade, no ardor do Espírito de Cristo. Convidou outros a se associarem a ele na busca da perfeita santidade, insistindo para que levassem uma vida de penitência. Alguns começaram a praticar a penitência e em seguida se associaram a ele, partilhando a mesma vida. O humilde São Francisco de Assis decidiu que eles se chamariam Frades Menores.
Dois anos antes de sua morte, tendo Francisco ido ao Monte Alverne em companhia de alguns de seus frades mais íntimos, pôs-se em oração fervorosa e foi objeto de uma graça insigne.
Na figura de um serafim de seis asas apareceu-lhe Nosso Senhor crucificado que, depois de entreter-se com ele em doce colóquio, partiu deixando-lhe impressos no corpo os sagrados estigmas da Paixão. Assim, esse discípulo de Cristo, que tanto desejara assemelhar-se a Ele, obteve mais este traço de similitude com o Divino Salvador.
Morreu no dia três de outubro de 1226, com menos de 45 anos, depois de escutar a leitura da Paixão do Senhor. Ele queria ser sepultado no cemitério dos criminosos, mas seus irmãos o levaram em solene procissão à Igreja de São Jorge, em Assis. Ali esteve depositado até dois anos depois da canonização. Em 1230, foi secretamente trasladado à grande basílica construída pelo irmão Elias. Ele foi canonizado apenas dois anos depois da morte, em 1228, pelo Papa Gregório IX. Sua festa é celebrada em 04 de outubro.


Fonte: Santoral Franciscano

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