Natal é verdadeiro na partilha e na pobreza, não na abundância!
Neste ano novo que se aproxima, recordaremos os 800 anos do Natal de Greccio. Celebrar como Família Franciscana o centenário do Natal de Greccio é um convite a parar diante do mistério da encarnação para contemplar a grandeza do amor divino pela humanidade.
São Francisco celebrava com alegria o Natal do Menino Jesus, para ele era a festa das festas. Certa vez pediu ao amigo João, “se você quiser que celebremos o Natal em Greccio, é bom começar a preparar diligentemente o que vou dizer: quero lembrar como nasceu o Menino, os apertos que passou, como foi posto num presépio e contemplá-Lo com os próprios olhos”. E assim foi feito, no dia do Natal, trouxeram palha, um boi e um burro. As pessoas do povoado chegam com tochas e aquela noite se torna solene com esplendor e louvores harmoniosos
Recordar o presépio de Greccio, é considerar não só qual é o lugar que Jesus ocupa nos nossos corações, mas também se há espaço para aqueles com quem Ele queria se identificar: os desempregados, os doentes e idosos, tantas vezes na solidão, as famílias, tantas delas feridas, os pobres, os excluídos seja cultural, social ou religiosamente, as crianças sem pão e sem afeto, os jovens, tantos sem perspectivas de futuro, mas também os que vivem afastados de Deus, e peço para que cada Fraternidade, cada irmã e cada irmão se tornem mensageiros da alegria e da esperança que brota do Natal.
Greccio tornou-se uma nova Belém! Podemos criar uma Belém em nossas casas, nas Fraternidades, nos locais onde trabalhamos e especialmente dentro de cada um de nós um presépio com todas as coisas que sonhamos!
Com a simplicidade daquele sinal, São Francisco realizou uma grande obra de evangelização. O Presépio é um convite a sentir, a tocar a pobreza que escolheu, para Si mesmo, o Filho de Deus. A proposta de Francisco é contemplar em silêncio as figuras de José, Maria e o menino Jesus, que é o Deus conosco e está próximo de nós.
Que tenhamos um Natal de Fraternidade, para aquecer o coração dos que estão tristes e reacender neles uma pequena chama da esperança, especialmente de nossas irmãs e irmãos que estão do SEI. Visitar esses irmãos é como visitar um cofre cheio de preciosas joias, é entrarmos na máquina do tempo e encontrarmos nossas verdadeiras raízes! Aproveitemos a sabedoria de nossos irmãos mais maduros, para aprendermos o caminho de uma vida simples, mas perto da felicidade em Deus.
Desejo a todos um Natal cheio de graças e bênçãos e um Ano Novo repleto de alegria e esperança.
Fraternalmente,
Maria José Coelho