Paz e bem, irmãs e irmãos da OFS do Brasil!
É com grande alegria que informarmos que nossa imensa Fraternidade Nacional está representada no Sínodo para a Amazônia com a presença de duas irmãs franciscanas seculares.
Para melhor compreender essa participação, o próprio Sínodo e sua relação com o nosso carisma, compartilhamos um bate-papo com Doris e Moema, que estão vivendo essa rica experiência sinodal.
Breve apresentação
Moema Miranda é natural do Rio de Janeiro, onde mora atualmente, e é membro da Fraternidade Santo Antônio, do Largo da Carioca, e fez sua profissão na OFS no ano de 2014.
Dorismeire Almeida de Vasconcelos, conhecida como Doris, nasceu em São Paulo e aos cinco mudou-se para a Amazônia com seus pais em busca de uma melhor qualidade de vida. Pertence à Fraternidade São Francisco de Assis, na Prelazia do Xingu, tendo professado em 2016.
Trajetória e atuação no âmbito das questões sociais e ambientais.
Moema: Minha trajetória de envolvimento com as questões sociais e socioambientais, digamos, é o envolvimento de toda uma vida. Eu nasci durante o período final da ditadura militar no Brasil e, ainda na universidade, logo no começo, como professora primária, me envolvi nas questões das lutas por liberdade, democracia e por justiça social. Depois trabalhei durante muitos anos numa organização não governamental, chamada Ibase, que era dirigida pelo Betinho, que empreendeu campanhas muito importantes socialmente no Brasil, como a “Ação da cidadania contra a fome, a miséria e pela vida”, e participei muito ativamente também dos movimentos sociais urbanos no Rio de Janeiro, visto que, na ocasião, morava numa área de remoção de favelas, e na luta por justiça social no âmbito urbano. Dentro do Ibase, a partir do início dos anos 2000, participei mais ativamente da coordenação, integrando o Conselho Internacional do Fórum Social Mundial. A partir desse período, as questões sociais com as quais a gente se envolvia ganharam, cada vez mais, uma dimensão ambiental. Em 2009, em Belém, num fórum no qual tivemos uma grande expressão da presença indígena, ficou claro que a gente vivia uma grande crise, um conjunto de crises, uma crise da civilização ocidental, com padrões em que o consumo e o grande desperdício eram insustentáveis para o nosso planeta. Então, a partir do começo dos anos dois mil, pra mim, as questões ambientais e sociais, cada vez mais, estiveram entrelaçadas.
Quanto mais nós vemos o avanço das pesquisas e das informações, mais a gente sabe que o aquecimento global, por exemplo, afeta primeiramente os mais pobres. A gente acompanha os desastres, ou crimes ambientais, como o de Brumadinho, e a gente vê que são os mais pobres, novamente, que pagam o preço mais alto. Então, na verdade, quando saiu a encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, foi como um bálsamo pra todos nós que já atuamos no campo socioambiental, porque, com clareza, o papa nos diz que não existem duas crises separadas, uma social e um ambiental, mas que tudo está interligado e nós vivemos uma grande crise socioambiental, que tem raiz comum na economia do mercado, ligada ao lucro incessante, que é completamente incompatível com o “sistema-Terra”.
Doris: Atualmente sou catequista de crianças, adolescentes, jovens e adultos e, assim como a Moema, também participo do REPAM, no Xingu e na Comissão Nacional, atuando no Eixo Direitos Humanos e Incidência Internacional. Além disso, atuo na equipe de secretariado da Prelazia do Xingu e sou ativista socioambiental junto aos diversos movimentos sociais existentes em nossa região Transamazônica e Xingu, graduada em Letras e especialista de Linguagem e Ensino pela Universidade Federal do Pará.
A minha trajetória e atuação no âmbito das questões sociais e ambientais se inicia com o compromisso às promessas batismais vivido no solo sagrado do Xingu e impulsionadas pela vivência junto ao amado povo da Amazônia. Nossas histórias de vida, o valor que damos aos nossos territórios, a nossa identidade amazônica, a nossa expressividade de territorialidade, os nossos saberes e conhecimentos salvaguardam essa região por séculos. E isso nos convoca e nos compromete a defender a vida e lutar pela garantia de direitos socioambientais. Foi o aprender com os amazônicos e amazônicas que me conduziu a assumir essa causa socioambiental. Pertenço ao povo amado de Deus, que é em sua essência uma Igreja samaritana, profética, orante e missionária na Amazônia paraense, no solo sagrado em que percorrem as águas sagradas do Xingu e seus afluentes.
Aqui se vê, sente e vive a maravilhosa expressão da obra prima de Deus que é a criação, uma riquíssima biodiversidade de flora, fauna, culturas, línguas e povos. A região em que vivo, Médio e Baixo Xingu, é formada por nove etnias indígenas, uma variedade de povos tradicionais e migrantes que aqui residem e constituem nossas 800 comunidades eclesiais de base ou comunidades cristãs missionárias. Viver essa realidade conduz-nos a comprometermo-nos com o cuidado com a Casa Comum, com a criação e defender o Bem Viver desses povos através da justiça socioambiental. Ser cristã católica, missionária e franciscana secular na Amazônia é comprometer-se com a defesa da vida e a garantia dos direitos humanos e da natureza, ficar junto dos povos, apoiar suas lutas, vivenciar suas conquistas e, juntos, enfrentar os desafios impostos pelos grandes projetos de “desenvolvimento” à nossa região.
A Amazônia é uma região muito cobiçada, vista como um armazém aos que pensam em lucro, ganância e um desenvolvimento deslocado do entendimento dos povos amazônicos e da própria geografia física Amazônica. Aqui implantam projetos de desenvolvimento econômicos como o ciclo da borracha, castanha e ouro, no passado, sempre num viés de exploração da população nativa e de seus territórios e, depois, os projetos de expansão com a construção da Transamazônica, hidrelétricas, mineração e agronegócio. Todos implantados de uma forma que gerou seríssimos e graves impactos econômicos, sociais, culturais e religiosos no território e na vida dos povos. Podemos dizer que esse tipo de desenvolvimento trouxe algumas melhorias passageiras, mas, na maior parte das vezes, ampliou a ausência de políticas públicas e do próprio Estado, aumentou a violência, o empobrecimento dos povos e da região, o genocídio e o etnocídio. Isso gerou e gera muita violação dos direitos humanos e da natureza. Não se pode se omitir ou fugir da luta e da presença ativa e efetiva junto à população local. Cada luta é gerada por um sofrimento, uma dor latente; cada momento de luta enfrentada é sinal de conquista ou de direitos assegurados. Isso é sinal de esperança, fé e amor. É vivenciar as três virtudes teológicas. É a Igreja orante, samaritana, profética e missionária.
Em 1989 começo a minha trajetória ao acompanhar a defesa da vida dos povos e do rio Xingu contra a construção da Hidrelétrica Belo Monte (Kararaô). Ao ouvir os relatos no I Encontro dos Povos indígenas no Xingu, despertou em mim a vontade de comprometer-me com a causa socioambiental. Nessa caminhada, vivenciei muitas lutas por justiça pelas crianças emasculadas de Altamira, junto às mães vitimadas com a perda e desaparecimento de seus filhos; a luta dos povos para barrar a construção de Belo Monte; e a luta por políticas públicas de qualidade para a região Transamazônica e do Xingu.
Nossas lutas são sempre no coletivo social, na articulação dos movimentos e, assim, estamos sempre apoiando os povos, para que sejam protagonistas de sua história de luta, conquistas e garantias de direitos.
Atualmente voltamos nosso olhar, carinho e força de vida para acompanhar os impactados pela construção da Usina de Belo Monte e possíveis ameaçados e ameaçadas pela instalação da mineração de uma empresa canadense, denominada no território brasileiro “Belo Sun”. A usina hidrelétrica de Belo Monte já impactou nove etnias, várias comunidades ribeirinhas, quilombolas, extrativistas, camponesas... E a empresa Belo Sun, ao se instalar na Volta Grande do Xingu, poderá ocasionar a morte da riquíssima biodiversidade da região, que mantém o equilíbrio da vida do Xingu e de seus povos. Instalar uma mineradora nessa área é sinal de morte. Não podemos nos calar, nos omitir. Temos que gritar! Ai de nós, discípulas/os missionárias/os de Jesus Cristo, se nos calarmos.
Porque o Senhor da vida nos ensinou a sermos sal da terra, luz do mundo e fermento na massa. Isso nos faz ir às autoridades, ao Estado e à sociedade, para que os povos sejam ouvidos e atendidos na garantia dos seus direitos inalienáveis. Essa é para mim a maior catequese: o encontro pessoal e comunitário com Cristo, que nos reafirma a Palavra como guia e a Eucaristia como centralidade de nossas vidas.
Convite para o Sínodo e sensação ao recebê-lo
Moema: Eu participo desde 2015 da assessoria da REPAM (Rede Eclesial da Pan-Amazônica) e, como assessora, acompanho toda a dinâmica da Rede. Nós nos envolvemos muito em todo o processo de escuta sinodal, que precedeu este encontro de outubro. Durante todo o ano passado foram feitas as atividades de consulta, que envolveram mais de vinte mil pessoas. Foram aproximadamente duzentas atividades de escuta, assembleias, encontros, rodas de conversa. E tive a graça e a benção de participar ativamente disso.
Quando o convite chegou, foi realmente uma grande alegria. Eu não esperava ser convidada, pois sei que existem pessoas muito mais competentes do que eu... Realmente, recebi esse convite com muita emoção, com muita gratidão, com muita alegria e com muita responsabilidade, também. Eu entendo que o Sínodo para a Amazônia é realmente um “Kairós” para a nossa Igreja, uma possibilidade incrível de pensar novos caminhos para a Igreja que precisa tanto de novos caminhos, para estar atenta aos gritos da terra e ao grito dos pobres. E novos caminhos, também, para uma nova ecologia integral. Então, eu acho que estamos vivendo um tempo de graça e fico infinitamente grata a Deus por essa possibilidade de participar como auditora no Sínodo.
Doris: Nós, como Prelazia do Xingu, realizamos com alegria o processo de escuta sinodal, metodologia muito especial proposta pelo Papa. Eu acompanhei diretamente todo o processo. Foi uma experiência única, enriquecedora e entusiasmou-me a forma como foi conduzido. Como era bonito ouvir as pessoas partilharem suas experiências e se sentirem acolhidas pelo Papa. Com a chegada do Instrumento Labore percebemos que as falas do povo foram contempladas e concluímos: vivemos um tempo de graça em toda a Igreja e na Amazônia.
Mas o convite para participar da Assembleia Sinodal em Roma, sinceramente, tomou-me de surpresa. Um grande susto tomou meu ser, alma e coração. Respirei fundo e rezei. Ao rezar, lembrei-me de Nossa Senhora, Rainha dos franciscanos, de nosso Pai Seráfico, de Santa Clara e de tantos outros testemunhos de franciscanos e franciscanos em seu “sim”convicto à missão. Voltei-me à regra que sigo como franciscana: “Fazer do Evangelho a minha vida e da vida a prática do Evangelho”. E compreendi, diante de toda a caminhada de fé e vida desde o meu batismo, da vida do povo do Xingu, tão violada em seus direitos inalienáveis, do que escutei dos povos... De certo, é um chamado de Deus através do Papa Francisco, que nos convoca pra grande missão de ser Igreja. E, como franciscana, é preciso dar meu “sim” ao chamado.
Grandes desafios discutidos no Sínodo e a importância do Papa Francisco
Moema: Acredito que os grandes desafios, podemos dizer, são de duas naturezas. Uma é porque o papa tem sido o grande representante, o grande líder internacional na luta por justiça socioambiental, trazendo os temas climáticos e as questões ambientais com uma lucidez impressionante. Há pouco tempo ele disse que se os Estados Unidos o criticam tanto, quer dizer que ele está indo pelo caminho certo. E, de fato, ele se apresenta hoje como grande líder e, não à toa, tem tanto apoio também para fora da Igreja. O papa, desde o início, quando lançou o Sínodo na Diocese de Porto Maldonado, no Peru, disse para os indígenas que lá estavam (e esse discurso do papa é muito bonito, vale muito a pena ler e rezar esse discurso) que os povos indígenas nunca estiveram tão ameaçados quanto estão agora. Ele também diz que a Amazônia é uma terra disputada pela avidez dos grandes negócios e diz que existe uma nova forma, que precisa ser construída, de ser Igreja com o rosto amazônico, e que nós precisamos aprender com os indígenas, que vivem em harmonia com o seu bioma. Então são saberes muito inspiradores. Desse ponto de vista, os conflitos que se colocam em relação ao Sínodo têm a ver com a disputa entre o que a gente tem chamado de dois modelos que hoje se confrontam na Amazônia. Um modelo da sociodiversidade: modelo distributivo e participativo, em harmonia com a floresta. E, o outro, um modelo predatório: modelo da mineração, do gado, do agronegócio, concentrador, devastador e destruidor. Esses dois modelos estão em confronto. O Sínodo para a Amazônia coloca claramente isso, e espera que a Igreja se posicione ao lado dos pobres e ao lado do povo. Isso, claro, gera muitas inquietações.
Por outro lado, nós estamos vivendo um momento de transição de época, de grandes mudanças para a humanidade. E a Igreja também precisa dar respostas a isso. Então, o Sínodo se propõe a pensar novos caminhos para a Igreja. É claro que, em tempos de mudança de época, as inseguranças aumentam. Então as questões de minorias dentro da Igreja Católica ganham uma proporção enorme e a gente acaba não tendo a ambiência que deveria para discutir a sério as grandes questões de como fazer uma igreja em saída, peregrina, igreja misericordiosa e missionária. São desafios imensos, mas são desafios urgentes, são desafios necessários e a gente sente a presença do Espírito Santo inspirando o papa na condução desse Sínodo.
Doris: Há muitos desafios voltados à questão da evangelização, tais como: a formação sacerdotal, religiosa e laical; a maior presença da Igreja nas diversas áreas sem assistência religiosa e sem acesso a Eucaristia; o papel das mulheres na Igreja e na sociedade; o diálogo e a interculturalidade; e as questões socioambientais, que se voltam para o cuidado da Casa Comum dos povos e da Amazônia, patrimônio natural que mantem o equilíbrio do planeta.
É um tempo de olhar para Amazônia e, inspirados e conduzidos pelo Espírito Santo, pela Palavra de Deus e pelo Magistério da Igreja, encontrar novos caminhos que contribuam para uma melhor evangelização e para uma prática da ecologia integral.
Expectativa para o Sínodo e o diálogo da espiritualidade francisclariana com a discussão
Moema: Acho que a espiritualidade franciscana tem uma urgência de se fazer ainda mais presente. Todos nós sabemos da escolha do nome do papa, todos nós lemos a encíclica Laudato Si’ e sentimos a presença da espiritualidade franciscana do começo ao fim. Não uma espiritualidade franciscana romantizada, não São Francisco dos passarinhos, como tem dito o papa, mas o Francisco que coloca questões essenciais da fraternidade, entre todas as coisas, do valor intrínseco de todas as coisas, do valor das coisas que parecem pequenas e que não são valorizadas só porque são boas ou ruins para o ser humano. Nós vivemos num planeta vivo, num planeta cheio de vida, num planeta em que a vida se faz em conexão com tudo o que existe. É impossível que nós nos salvemos sozinhos. É impossível viver em um planeta em que só haja humanos e é essencial que a gente se reconecte com a comunidade da vida. A ideia de fraternidade universal, de São Francisco, tem uma preponderância imensa.
Por outro lado, a ideia essencial de São Francisco, da pobreza como entrega, como confiança na providência, como não necessidade de acumulação. O papa, na Laudato Si’, nos diz que a sobriedade feliz é o caminho não para uma vida infeliz, mas para uma vida muito mais rica das coisas que não dependem do dinheiro. Então esses são pilares da encíclica e da solução para reaprendermos a viver na comunidade da vida, sem acumulação, em harmonia e com grande liberdade. Acho que a espiritualidade franciscana, nesse sentido, tem muito a contribuir e é claro que quanto mais nós, da Ordem Franciscana Secular, fizermos parte desse processo, mais, também, vamos permitir que essa espiritualidade inspire o pós-sínodo, que é onde, de fato, as coisas vão precisar acontecer.
Doris: O Sínodo está completamente interligado com a espiritualidade francisclariana, de justiça, paz e integração da Criação. E, justamente por vivenciar esse carisma e sua forma real, na prática do que o Evangelho nos solicita, precisamos descolonizar nossos pensamentos, reconstruirmos nossa Igreja, sem perder a essência e a verdade que nos liberta, com um olhar cuidadoso, amoroso e esperançoso pela humanidade e por toda a criação. Foi o que fez, há 800 anos, São Francisco, através da vivência do Bem, da Paz e do diálogo. Essa é a missão da OFS: somos homens e mulheres do mundo no coração da Igreja, homens e mulheres da Igreja no coração do mundo.
Especificamente sobre o Sínodo, acredito que o Papa Francisco conduzirá esse grande momento da Igreja, inspirado sempre por Deus, com maestria, com a mesma sabedoria e discernimento com que tem regido o caminhar da Igreja desde o início de seu pontificado.
Mensagem para a OFS do Brasil
Doris: Às irmãs e irmãos da Ordem Franciscana Secular deixo meu abraço fraterno e peço, com profundo carinho: “Deixemo-nos tocar pela força do Espirito Santo e com fé, discernimento, sabedoria, vivenciarmos esse tempo de graça; rezemos pelo Sínodo, pelo Papa Francisco, pelos padres sinodais, pelos peritos e peritas, auditores e auditoras e todos os peregrinos que estarão em Roma, assim como esteve São Francisco quando levou a regra para ser reconhecida pelo Papa. Vivenciem esse momento em suas fraternidades com orações, celebrações e momentos de espiritualidade, realizem o tríduo para o Sínodo, e estejam em orações e pensamentos sintonizados conosco, acompanhem diariamente o Sínodo. A força da oração aqui alimentará e fortalecerá a chama da força espiritual dos que estão em Roma. E acreditem: Deus nos chama a uma Igreja em saída. Ouçamos ao que Deus nos inspira e conduz”.
Força, coragem, avante! Não somos nós que realizamos. É Deus que age por nós! Deixemo-nos ser tocados por seu amor incondicional. Paz e Bem!
Moema: Meus queridos irmãos e irmãs da OFS do Brasil, quero deixar aqui registrada a minha gratidão. Aprender a viver em fraternidade é uma das maiores lições da vida. Eu tenho uma gratidão imensa a Deus por fazer parte da Ordem, por aprender com os meus irmãos da minha fraternidade, por aprender com a OFS do Brasil e com todo esse esforço maravilhoso por sermos irmãos. Esses tempos que nós estamos vivendo, tão desafiantes e tão distópicos, só são atravessados com amor. É o amor o que nos inspira, é o amor o que nos garante, é o amor que nos permite escutar o sopro do Espírito e seguir nesse caminho. Minha mensagem é de imensa gratidão à OFS, por existir, por persistir, por resistir, por me acolher e me permitir ser parte dessa Ordem tão maravilhosa. Rezemos juntos, rezemos com o Papa Francisco, rezemos por uma Igreja a altura dos nossos tempos. Nós, como São Francisco, estamos, de novo, diante de uma igreja que nos leva de volta à sua pergunta: “Senhor, que queres que eu faça? Senhor, que queres de mim?”. Que o amor da fraternidade nos inspire, nos ilumine e abra os nossos ouvidos para escutarmos o clamor da terra, o clamor dos pobres e pra escutarmos a voz do Espírito que nos conduz. Amém!