“Tenham, além disso, respeito pelas outras criaturas, animadas e inanimadas que “do Altíssimo recebem significação” (I Celano 80) e procurem, com afinco, passar da tentação do aproveitamento para o conceito franciscano de Fraternidade Universal”. (Regra 18)
Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 2019
Até quanto mais suportaremos tanta dor e tanto descaso com nossa Casa Comum? Ainda tão fragilizados com os efeitos do crime ambiental de Mariana, ocorrido há pouco mais de três anos, com imensa tristeza fomos surpreendidos por mais uma notícia de morte anunciada. No início desta tarde ocorreu o rompimento da barragem da Cia. Vale do Rio Doce na Mina Feijão, no município de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, que estava desativada desde 2015. Ainda não sabemos a dimensão do desastre, mas queremos nos solidarizar com nossos irmãos mineiros por mais esse CRIME AMBIENTAL movido pela ganância por mais lucro e a inconsequente relativização da vida humana e de toda a Criação.
Como cristãos franciscanos, fiéis ao Evangelho de Cristo Jesus e atentos aos sinais dos Tempos, queremos demonstrar nosso repúdio a toda forma de exploração que gera a morte em todas as suas manifestações.
Queremos denunciar que a tragédia ocorrida, assim como a anterior, não foi um acidente e nem mesmo um desastre, outro sim, afirmamos que mais um crime foi cometido. Seguimos unidos em oração e solidariedade aos nossos irmãos atingidos direta e indiretamente, por este fato terrível e esperamos que a justiça se manifeste e cumpra o seu papel.
Maria José Coelho - Ministra Nacional
Helio Gouvêa - Coordenador Nacional de JPIC