Segunda, 31 Julho 2017 12:23

Jesus é o tesouro escondido; é a pérola de grande valor

Cidade do Vaticano – A alegria do Evangelho nos livra da tristeza e do vazio interior: palavras do Papa no Angelus neste domingo de julho (30/07). Aos milhares de fiéis na Praça São Pedro, não obstante o calor, o Papa comentou o Evangelho do dia, sobre o discurso das parábolas de Jesus.

De modo especial, Francisco falou de duas delas: o tesouro escondido e a pérola preciosa. Ambas destacam a decisão dos protagonistas de vender qualquer coisa para obter o que descobriram. O camponês decide arriscar todos os seus pertences, assim como o comprador decide apostar tudo naquela pérola, a ponto de vender todas as outras.

Essas semelhanças, explicou o Papa, evidenciam duas características sobre a posse do Reino de Deus: a busca e o sacrifício. O Reino de Deus é oferecido a todos, mas não é colocado à disposição num prato de prata, requer um dinamismo: se trata de buscar, caminhar, se mexer.

“A atitude da busca é a condição essencial para encontrar; é preciso que o coração arda do desejo de alcançar o bem precioso, ou seja, o Reino de Deus que se faz presente na pessoa de Jesus. É Ele o tesouro escondido, é Ele a pérola de grande valor. Ele é a descoberta fundamental que pode dar uma reviravolta decisiva à nossa vida, preenchendo-a de significado.”

Sacrifício e renúncias

Já a avaliação do valor inestimável do tesouro leva a uma decisão que implica sacrifício e renúncias. Quando o tesouro e a pérola foram descobertos, isto é, quando encontramos o Senhor, é preciso não deixar esta descoberta estéril, advertiu Francisco, mas sacrificar tudo a ela, colocando Ele em primeiro lugar. “A graça em primeiro lugar”

“O discípulo de Cristo não é alguém que se privou de algo essencial; é alguém que encontrou muito mais: encontrou a alegria plena que somente o Senhor pode doar. Aqueles que se deixam salvar por Ele foram livrados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, sempre nasce e renasce a alegria.”

O Pontífice convidou os fiéis a contemplarem a alegria do camponês e do comprador das parábolas. “Rezemos, por intercessão da Virgem Maria, para que cada um de nós saiba testemunhar, com as palavras e os gestos cotidianos, a alegria de ter encontrado o tesouro do Reino de Deus, isto é, o amor que o Pai nos doou mediante Jesus.”

TRÁFICO HUMANO

“Cruel, aberrante e criminoso”: o Papa Francisco não usou meias-palavras para condenar o tráfico de seres humanos no Dia Mundial promovido pelas Nações Unidas contra o fenômeno. Após rezar a oração do Angelus com os fiéis na Praça S. Pedro, o Papa Francisco lançou um apelo à comunidade internacional com essas palavras: “Todos os anos, milhares de homens, mulheres e crianças são vítimas inocentes da exploração laboral e sexual e do tráfico de órgãos. Parece que todos nos acostumamos a isso. Mas é cruel, é criminoso. Desejo pedir o empenho de todos para que esta chaga aberrante, forma de escravidão moderna, seja adequadamente combatida. Rezemos juntos a Nossa Senhora para que ampare as vítimas do tráfico e converta os corações dos traficantes.”

 

Twitter

A data também foi lembrada na conta do Papa no Twitter, com a seguinte mensagem: “Conclamamos todas as pessoas de fé e de boa vontade a se comprometerem contra a escravidão moderna em todas as suas formas”.

Por ocasião deste Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas, diversas organizações ligadas à Igreja divulgaram uma Declaração para pedir maior empenho das autoridades.
“As pessoas estão sendo traficadas, internamente no país e além-fronteiras, para servidão doméstica, exploração sexual e laboral, mendicância, casamento forçado, remoção de órgãos, útero de aluguel e atos criminosos. Enquanto a estimativa do número de pessoas traficadas apresenta cifras de dezenas de milhões, as sentenças judiciais contra os traficantes de pessoas são, globalmente, menos de 10.000”, é o que se lê na declaração assinada, entre outros, por Talitha Kum, Serviço Jesuítas para Refugiados, a CLAR e a Cáritas Internacional.


Fechamento das fronteiras

O texto menciona de modo especial os migrantes e os refugiados como o grupo mais vulnerável à exploração, agravada pelo fechamento das fronteiras e pela falta de vias legais de migração.
Os signatários pedem aos governos que ratifiquem e garantam a implementação do Protocolo de Palermo (2000) e de outros acordos internacionais relevantes; garantam rotas migratórias para migrantes e refugiados, que permitam a passagem das fronteiras de maneira segura, legal e responsável, conforme compromisso assumido pelos países, na Agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2030 (2015) e na Declaração de Nova Iorque (2016).

A Declaração pede ainda a melhoria dos serviços de proteção e apoio aos sobreviventes do tráfico, em particular através da concessão da autorização para permanência e residência humanitária a longo prazo.

 

 

Fonte: Franciscanos

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