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Essas mulheres chamadas de mãe

Mês de Maria, mês das mães.  Quando chega maio os filhos pensam  de modo especial nessas mulheres que se chamam mães.  Levam presentes na hora do almoço quando elas ainda vivem e pensam naquelas que se foram por vezes enxugando uma lágrima indiscreta que rola rosto abaixo.

 

            Há aquelas que esperam o primeiro filho ou a primeira filha.  Esperam. Aguardam. Não podem acelerar os fatos.  Aquele nadinha que existe  nelas, que veio nelas se instalar é tesouro que lhe é confiado e  tarefa que lhe é  designada. É empréstimo de Deus.  Cada criança que nasce é sinal de que Deus não se esquece da humanidade.  Ela, a mulher, aguarda a chegada para colocar essa criança no mundo.  E a vida muda.  Será preciso dar leite, vigiar, ninar,  levar ao pediatra,  ensinar a falar, falar-lhe do natal, da pascoa, da vó que morreu, do primo que nasceu,  matricular na escola, ensinar o namorar,  ajudar a superar as dores,  acompanhar ao altar no dia do casamento, ajudar a fazer com sejam capazes de voar com as próprias asas, amar, amar sem limites, sem coisificar, sem carência, sem desejo de posse.  Deixar que o filho seja filho e que  Deus lhe mostre seu rosto.

 

Frei Almir Ribeiro Guimarães