Gostaria de esparramar nesta tela de computador uma reflexão a respeito do tema dos enamorados, essa primeira fase de envolvimento entre um homem e uma mulher antes que se casem, tempo de delicadeza, de conhecimento, de ternura toda particular que pode desembocar na decisão do dom de vida a vida, ou seja, o alegre compromisso do casamento. Nada tenho que me pronunciar a respeito de outros “namoros” como esses que acontecem depois de uma ou duas separações Penso, no entanto, de modo particular nesses rapazes e moças que vivem a ventura da descoberta do amor e são “postulantes” ao casamento. Penso em moços e moças cheios de anelo e de desejo, pessoas que descobrem o encanto do amor e vivem uma sorte de renascimento interior indescritível. Penso nesses que começam a ter confiança um no outro, nesses que se arrumam interior e exteriormente com beleza para enfeitar a noite de seu bem, como dizia Dolores Duran. Penso nesses namorados que observam o parceiro, a parceira, que desejam enxergar para além das coisas exteriores. Penso nesses rapazes e moças que, mesmo com dificuldade, não adiam demais o casamento, mas que trabalham duro para colocar de lado um dinheirinho para comprar o piso da sala ou tinta da parede da casa que estão construindo. Penso nesses que investem pessoalmente no seu futuro e que não recebem de mãos beijadas de pais ricos ou remediados apartamento, lençóis, toalhas, viagem de lua de mel. Penso nesses namorados que vivem a vida normal de engenheiro ou de padeiro, de balconista ou de professora, de moça bonita que escolheu um rapaz ajeitado por dentro e por fora. O importante é sempre essa decisão de amar o outro, de fazer com que ele cresça. Penso nesses namorados que estão se preparando para receber a visita de Cristo ressuscitado no sacramento do matrimônio.
Viva o dia dos namorados!