Há muita gente que reza. Nos mosteiros contemplativos homens e mulheres passam horas louvando o Senhor, salmodiando, participando de liturgias densas, meditando. Muitos leigos, em nossas comunidades, estão certamente empenhados em alimentar sua vida interior. Há mesmo aqueles e aquelas que passam noites em vigília de oração. Por vezes tem-se a impressão que muitos experimentam dificuldade, pudor ou vergonha, de rezar em casa, em família.
A família certamente poderá e deverá ser espaço de encontro com o Senhor. Coisa muito normal que, à noite, uma homem e uma mulher que se amam, sobretudo que se uniram pelo sacramento do matrimônio, coloquem-se simples e belamente diante daquele Deus que os ama e os vê. Normal que recitem um salmo, leiam uma página da Escritura, entreguem-se juntos a Deus, confiem sua vida ao Senhor. É normal que os pais procurem meios e modos que seus filhos descubram o rosto belo do Senhor na oração familiar.