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Educação: Duas regras

         Pais e professores andam preocupados com a educação das novas gerações.   Não se sabe por onde começar. Não se trata apenas de formação intelectual por mais importante, imprescindível e necessária que seja.  Não basta apenas que  crianças e jovens “saibam”  intelectualmente.  Fundamental que sejam educados, que extraiam de seu interior o melhor que carregam, que  sejam acompanhados por adultos verdadeiramente adultos e pessoas que encontraram um sentido de existir e demonstram uma alegria de viver.

Regra primeira:   Estar atento, prestar atenção. Adolescentes e jovens emitem sinais.   Prestar atenção:  essas músicas loucas e estranhas que eles andam ouvindo em altíssimo volume,  mensagens pelo celular a todo instante, não tirar do ouvido os áudio-fones, ausência constante à mesa da refeição, sintomas de indolência, inércia e indiferentismo.  Os educadores ficarão atentos aos sinais positivos: uma página luminosa que o rapaz escreveu, um gesto de perdão concedido a um irmão temperamental,  a paciência da menina com a irritante e implicante avó.  Prestar atenção.

 

Segunda regra:  Posicionar-se  diante dos filhos nem muito perto, nem muito longe.  Normal que os filhos adolescentes ganhem uma certa distância dos pais, que tenham seus amigos, que possam sair. Precisam fazer o aprendizado de voar com as próprias asas.  Mesmo correndo riscos os pais  facilitarão  a tarefa de cortar o cordão umbilical.  Os filhos, no entanto, não podem sentir que seus  pais são indiferentes quanto às suas escolhas de vida.  Não podem eles dizer-se a si mesmos: “Fazemos o que queremos porque nossos pais pouco ligam para nossa vida”.   Estar perto dos filhos, mas não muito perto, nem muito longe.

Frei Almir Ribeiro Guimarães