Ouvimos dizer que um dos grandes inimigos da vida conjugal e familiar é a rotina do dia-a-dia. Os casados sabem que precisam reagir à monótona repetição das coisas do cotidiano. Os especialistas no acompanhamento de casais insistem que estes procurem estar abertos à novidade do outro. O amor precisa de tempo para solidificar-se e consolidar-se. O outro é sempre um mistério a ser contemplado e descoberto. Infelizmente temos o costume de colocar rótulos e etiquetas nas pessoas, catalogando-as mais ou menos definitivamente. Há pessoas casadas que acreditam nada mais terem a apreender e receber do companheiro ou da companheiro. E assim o casamento se torna todo monotonia e cansaço. Também na questão dos filhos pode acontecer que, devido a certos procedimentos, os pais, da mesma forma os cataloguem. Um sacerdote italiano, Battista Borsato, escreveu: “O amor cresce quando a pessoa se coloca aberta à surpresa do outro, quando reconhece sua imprevisibilidade, deixando de lado a presunção de dizer que conhece o outro”.
