Eis uma história quase sem interesse e cheia de interesse. Uma mulher simples, casada com um motorista de ônibus, fazia o seguinte relato:
“Vivo com meu marido a vida toda. Não posso dizer que sou infeliz ou desgraçada. Não me falta o necessário para viver. Teria gostado que meu marido tivesse manifestações de carinho mais visíveis para comigo. Queria que ele fosse meu amante. Na verdade ele é, antes de tudo, pai de nosso filho, pais de “seu filho”. Não demonstra carinho para com a menina que nasceu depois. Assumiu tudo com relação ao filho: escolhe suas roupas, calçados, sai com ele pelo parque, enturma-se com a turma do menino. Vão aos estádios. Meu marido tem sempre dinheiro para as coisas do filho. Sempre dizia que queria um filho forte, atlético. Sempre tive a impressão que o filho já não era meu, mas propriedade dele. Não tive muito espaço no coração de meu marido. Quantas vezes desejei passear com ela, tomar um sorvete de creme. Meu casamento foi um casamento pela metade”.
São coisas que se escuta por ai…