Março/Abril/2014
SÚPLICAS PELA FRATERNIDADE
E onde quer que estejam e em qualquer lugar que se encontrarem, devem os irmãos, espiritual e diligentemente cuidar uns dos outros e honrar-se mutuamente, sem murmuração (Regra não bulada, VII, 15).
Senhor, tu gostas de nos ver reunidos em fraternidade
como irmãos e irmãs.
Experimentas uma sensação de alegria, se assim posso me exprimir,
quando as pessoas dizem a nosso respeito: “Vejam como eles se amam!”
Arde, dentro do nosso coração,
um desejo de viver com esses e essas que nos destes como companheiros de caminhada e irmãos de todos os momentos.
Queremos fazer história uns com os outros,
ouvir as palpitações de seus corações e
aguardar a chegada deles como se espera
alguém para celebrar a festa do coração.
Juntos nos sentamos à mesa da refeição.
Juntos ouvimos a Palavra que tu nos diriges.
Juntos alimentamo-nos do Corpo de teu Filho, nosso irmão.
Nós te damos graças pelos irmãos mais velhos
que nos ensinaram palavras de vida
e nos transmitiram entusiasmo e ânimo.
Nós te damos graças pelos que nos acolheram
na fraternidade e nos deram o exemplo de uma vida franciscana.
Não nos fazemos ilusão: viver em fraternidade é tarefa exigente.
Não se trata de viver um romantismo cor-de-rosa.
Existimos para carregar os fardos uns dos outros e querer bem mesmo aos que nem sempre reservam lugar para nós na intimidade do seu coração.
Somos filhos do mesmo Pai.
Nós te agradecemos por tantos encontros,
tantas pessoas que confiaram em nós,
tantos que nos perdoaram e outros que nos incentivaram.
Nós te pedimos por nossa fraternidade;
longe dela sentimentos de vaidade e superioridade,
que reine nela a vontade de procurar a tua vontade
e de sermos os lavadores dos pés uns dos outros
e dos que vivem à nossa volta,
bons e maus, pobres ou ricos,
cegos ou videntes, certos ou errados.
Que nossa fraternidade tenha sempre
o perfume de Francisco e de Clara.
Que tenhamos sempre a preocupação por aqueles que se afastaram,
para que ninguém sinta a frio da exclusão.
Que não se formem grupos fechados alimentados por amizades nem sempre evangélicas e transparentes.
Que Maria dos Anjos nos mostre sempre o caminho do coração de teu Filho e nos mostre a beleza pura do Irmão Francisco.
Frei Almir Ribeiro Guimarães,OFM