NOVEMBRO/2013
A experiência anda a nos dizer que muitas Fraternidades da OFS podem conhecer uma sorte de paralisia e viver impasses quando o conselho local e seu ministro deixam de prestar atenção à sua missão. Nossa Janela aberta contempla algumas das marcas de um verdadeiro e franciscano Ministro com seu Conselho. Nos referimos mais explicitamente ao Ministro, mas em nossa mente o vemos com seu Conselho.
O SERVIÇO DO MINISTRO E SEU CONSELHO
Pequena meditação para os ministros e as ministras
1. Uns poucos traços da figura do ministro (da ministra): pessoa de grande amor pela Ordem, caráter íntegro não fazendo acepção de pessoas; um irmão que nitidamente está num estado constante de conversão; quem tem cuidado em buscar a ovelha desgarrada; homem (mulher) capaz de assumir compromissos responsavelmente, pessoa que exerce liderança e que vive na intimidade do Senhor.
2. Nas CCGG lemos: “Os responsáveis pela OFS em cada nível sejam irmãos professos perpétuos, convencidos do valor da vida evangélica franciscana, atentos com visão larga e generosa à vida da Igreja e da sociedade, abertos ao diálogo, disponíveis para dar e para receber ajuda e colaboração” (Art 31,3).
3. O ministro preside. Ele é autoridade. Foi eleito para a missão de estar à frente da Fraternidade com honestidade. Trata-se de uma autoridade de serviço. O ministro que preside é presidente. Não se trata, no entanto, de dominar. Seu grande título de honra é o de presidir servindo.
4. O ministro preside: os irmãos não podem se dispersar, a Fraternidade precisa ser unida. O ministro preside a reunião, preside todas as atividades da Fraternidade. Isso não quer dizer que ele e seu conselho tenham que estar em cadeiras especiais. A coordenação do Ministro se faz com boas normas de liderança, mas com humildade e simplicidade. Sabe dinamizar a reunião e constitui-se como um elo entre todos os irmãos.
5. Frei Urbano Plentz,de Minas Gerais, que já nos deixou, mas que tinha alto apreço pela OFS assim escreveu em um de seus Cadernos da OFS: “Quando se trata de tomar alguma decisão, o Ministro sonda a Fraternidade, ou os irmãos do Conselho e faz com que surja uma decisão firme e prudente. Para tanto é fundamental a virtude da prudência. Algumas vezes é preciso não tomar uma decisão apenas em função do “voto quantitativo”, mas em função do “voto qualitativo”. Não se deve deixar influenciar por uma sutil pressão de grupos.
6. O Ministro preside a Fraternidade, mas também precede aos irmãos. A precedência não é de honra. Deve preceder seus irmãos em todas as boas iniciativas, não no sentido de anular as iniciativas dos irmãos, mas de estimulá-los. O Ministro dá o bom exemplo. Novamente Frei Urbano Plentz: “O Ministro precede os seus na vida de oração. Só quem vive uma profunda intimidade com Deus pode levar os irmãos até o Senhor! Sem verdadeira vida de oração, o Ministro pode ser um bom líder, um bom administrador e até um bom técnico, mas não será o animador da vida da Fraternidade”.
7. Para terminar esta despretensiosa meditação sobre o Ministro voltemos às CCGG: “Cuidem os responsáveis da preparação e animação espiritual e técnica das reuniões, tanto das Fraternidades, como dos Conselhos. Procurem difundir animo e vida na Fraternidade com o próprio testemunho, sugerindo meios idôneos para o desenvolvimento da vida de Fraternidade e das atividades apostólicas, à luz da opções fundamentais franciscanas. Cuidem que as decisões tomadas sejam cumpridas e promovam a colaboração dos irmãos” (Art 31, 4).
Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM