É tempo de graça na Fraternidade Nossa Senhora da Penha - OFS Crato. Contemplamos e caminhamos com um certo Francisco, aquele mesmo irmão que há mais de 800 anos se fez ideal de vida e vida plena se tornou. Sentiu doce e humildemente brotar em seu coração o Amor que não é amado e a perfeita alegria que o fez chamar todas as coisas e criaturas de irmãs e irmãos, fazendo-nos entender que o fraternismo universal é caminho de salvação. O mesmo Francisco com seu profundo amor por Nossa Senhora que criou Jesus, que seguiu o evangelho ao pé da risca e se reconheceu no Cristo de tal forma que aos pés e riscos da cruz recebeu os estigmas e se fez relíquia viva do Ressuscitado, pois acolheu como outro-eu esse Cristo no rosto dos condenados da terra. O Francisco que acolheu os jovens tal Clara de Assis, como plantinha no jardim da Criação de Deus, criação que deve ser todos os dias louvada e cuidada por todos nós.
São Francisco esteve entre nós por três dias, deixou-se carregar, ser tocado e beijado como ele mesmo acolheu e beijou o hanseniano, e o amargor de tempos difíceis que vivemos se tornou imensa doçura.
Chegou no dia 9 de setembro, às 10 horas da manhã, pelas mãos dos irmãos da fraternidade São Luís de Assaré, Terra do poeta Patativa que cantou em seus versos “somente a fraternidade nos traz a felicidade”. Realizamos a acolhida na Sé Catedral, onde a nossa fraternidade se reúne nos terceiros domingos e foi fundada em santas missões franciscanas há 118 anos.
Após a celebração da acolhida, seguiu um dia inteiro de visitas, cantos, oração e veneração das relíquias. Podemos citar vários episódios marcantes, como um grupo de crianças que realizam trilhas ecológicas na região e que, acompanhados dos pais, rezaram junto com Francisco pedindo a intercessão do Santo para a preservação do meio ambiente. Como um irmão deficiente físico que resolveu adentrar a Igreja em uma motocicleta adaptada para tocar no relicário. No final da tarde, missa em ação de graças pela chegada das relíquias em nossa cidade, celebrada pelo Padre José Vicente, cura da Catedral de Nossa Senhora da Penha.
Fonte: Regional Nordeste AII CE/PI