Grupo de franciscanos analisa os impactos que a maior refinaria de alumínio do mundo, multinacional norueguesa, causam na população de Barcarena, no Pará.
Cidade do Vaticano - Hoje vamos até o município de Barcarena, situado a 45 minutos de lancha da capital paraense, Belém. Ali, em fevereiro, foi detectado o vazamento de efluentes de uma mineradora multinacional de capital norueguês e constatados impactos nos rios da região, na saúde e nos meios de subsistência da comunidade local. Da barragem da mineradora, vazavam rejeitos de bauxita e a cor das águas parecia avermelhada.
A refinaria de alumínio é a maior do mundo. 86% de sua produção é exportada; apenas 14% ficam no Brasil.
O resultado dos laudos do Instituto Evandro Chagas (IEC) indicam que há contaminação. Nesta segunda (09/04), no entanto, a empresa afirmou que não foi encontrada concentração de chumbo, mercúrio e arsênio na água dos poços da comunidade.
Conosco, o Frei Rodrigo Péret, integrante da ‘Ação Franciscana de Ecologia e Solidariedade’, que com membros de ‘Igreja e Mineração’, acompanham o caso na comunidade.
Segundo o franciscano, “o mais grave é que a multinacional recusa as condições de um termo de ajuste de conduta proposto pelo Ministério Público do Estado e Federal”.
“Na região vivem povos tradicionais, quilombolas, que têm o direito de ser consultados e informados sobre os impactos e riscos. E os órgãos de Estado devem ser rigorosos para que o controle do território e da vida seja assumido pelas próprias populações”
Fonte: Vatican News